É, sem sombra de dúvida, uma graça para todos nós a vivência do Jubileu da Esperança. Permite despertar nos nossos corações as razões profundas da Fé que professamos e renovar o sentido do nosso caminhar quotidiano, colocando os olhos na meta que nos espera.
É natural, quase intuitivo, para o ser humano, enquanto tal, depositar a sua confiança em algo. É quase uma necessidade inerente à sua existência, porque a vida sem sustento, sem algo a que se possa chamar ‘sentido’, é uma vida que facilmente se perde, desistindo de si mesma.
Porém, nada se pode apresentar como digno de confiança sem defraudar essas expectativas, a não ser o próprio Deus. Na verdade, só Ele pode trazer essa consistência duradoura da qual o coração humano tanto necessita. Tudo o resto nos defraudará, gorando as nossas expectativas, porque nada corresponderá à necessidade de plenitude que trazemos dentro de nós mesmos, a não ser a eternidade prometida por Deus.
Benditos seremos, pelo Pai, se n’Ele pusermos a nossa confiança. Que nada nos desvie o fito da meta e que a experiência do tempo presente seja já concretização das promessas futuras, mesmo que apenas como um pequeno vislumbre dessas realidades que esperamos.
Padre Miguel Romão Rodrigues