Palavras que parecem pesar no coração, mas que nos alcançam uma liberdade ímpar. Assim o experimentaram muitos santos, que pronunciando de cor – de coração – estas mesmas palavras, permitiram que se tornasse vida em si mesmos.
Assim começa o caminho de Deus em nós: tomando consciência de quem somos, e essa verdade alcançamo-la na relação pessoal com Jesus que de nós se fez próximo. Quanta alegria, quanta graça nessa bondade de Deus, que houve fazer-se nosso irmão para sermos tornados Um com Ele.
As palavras só poderiam ser estas, ou numa outra tradução: Senhor, misericórdia. Vale a pena regressar a dois textos fundamentais deixados pelo Papa Francisco. A Bula que proclamara o Jubileu Extraordinário da Misericórdia – Misericordiæ Vultus – e a Carta Apostólica que o encerrou – Misericordia et Misera.
Que nos ajudem a que todos nos encontremos, de novo, com o rosto da Misericórdia, deixando que o Amor infinito de Deus transforme o nosso coração. Assim poderemos ser como Ele, agentes da misericórdia, e contribuir verdadeiramente para que todos façam experiência desse amor incondicional que nós mesmos recebemos gratuitamente de Deus.
Padre Miguel Rodrigues